Era uma vez um centro de saúde da Ceilândia (DF), onde médicos atendem com má vontade, tratando os pacientes com frases como "eu mereço".
Minha passadeira, amiga antiga da família, é diabética. Aprendeu a controlar suas taxas com aquele aparelho que fura o dedo. Como qualquer pessoa depois dos 40 anos, precisa fazer exames periódicos.
Com um check-up agendado há meses, resolveu aproveitar que seria examinada para já levar um raio-x da face, a fim de tratar dores que faziam supor tratar-se de rinite alérgica ou sinusite aguda. Decidiu, então, pagar para fazer um raio-x numa clínica particular para levar para o médico do posto de saúde. Para sua infelicidade, a clínica onde fez a radiografia não lhe deu um laudo. Ao chegar no centro de saúde, o médico - clínico geral - ficou irritado, dizendo que não era radiologista, que não tinha a obrigação de olhar aquilo.
Os médicos sem vocação que passam nos concursos da rede pública de saúde deveriam ter aulas de ética e de educação para aprenderem a lidar com pessoas. De repente deveriam ter sido químicos, para não terem que lidar com o público.
Lógico que se aproveitam da condição desfavorecida e humilde do público para soltar todo tipo de pérola, demonstrando de tosca grosseria a primária falta de profissionalismo.
São os desassistidos que recorrem à rede pública que "não merecem" ser tratados feito bichos. Sem alternativa, são obrigados a serem atendidos por médicos infelizes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário