Rumo ao segundo turno das eleições, em pleno dia de N. Sra. de Aparecida, os candidatos "finalistas" aproveitam a data e vão à missa, declarando-se devotos da Santa (pelo menos foi o que a Dilma fez) e tentam assim conquistar mais fiéis, quer dizer, eleitores.
Religião e política se confundem. Assim como religião e Estado. Essa confusão demonstra a falta de rigor da administração pública, que se deixa influenciar por grupos que deveriam apenas cuidar de sua espiritualidade, sem interferir em leis. Uma administração pública que, na verdade, aproveita-se dessa confusão e a usa a seu favor. Correntes evangélicas e católicas interferem na legislatura e trazem a reboque milhões de votos.
Falta seriedade e amadurecimento ao se analisar e ao se participar das decisões públicas. Almas perdidas justificam suas ações, balizando-se pelo que pregam seus pastores. E pastores interferem em decisões que, por princípio, não lhe caberiam.
No Brasil, não há Estado laico, simplesmente porque a maioria não é composta por eleitores, mas por fiéis, cordeirinhos, gente ingênua e a quem falta, em geral, esclarecimento.
Eis mais uma forma de manipulação consentida. Amém.
2 comentários:
Absolutamente correto. E os aproveitadores sabem muito bem os caminhos para chegar ao céu dessas almas ingenuas.
Se não houvesse isenção fiscal para igrejas, talvez tivesse menos gente explorando esse filão...
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