sábado, 5 de julho de 2008

Os Centenas De Pilantras E Os Cento E setenta Milhões De Tolinhos

Somos ou não somos tolinhos vendo foras-da-lei se elegerem, se reelegerem e se perpetuarem no poder? E ainda sendo obrigados a votar neles!

Não voto em partido mas em pessoas. Gosto de olhar no olho e ter a esperança de que o candidato que escolho é mais gente do que os outros. Qualquer ideologia perde a força ante as manobras que diariamente driblam a ética e deturpam as leis.

Gostaria de votar em pessoas sem imunidade, que votassem sempre em voto aberto, que tivessem seu sigilo bancário e telefônico permanentemente aberto (resguardado mas constantemente fiscalizado), que declarassem bens e patrimônio – seus e de seus familiares – antes e depois de cada mandato.

Adoraria poder votar em pessoas que não tivessem a política como única profissão, como maneira de enriquecer e de legislar em benefício próprio. E que tivessem educação, formação mínima (leia-se instrução + sólida formação de caráter) para compreender a seriedade necessária para se legislar pelo povo e para o povo e para perceber a gravidade de se legislar em causa própria ou de se vender a lobistas.

Seria mais feliz vendo a maioria dos brasileiros letrados, esclarecidos, sem fome, com escola, hospital, remédios, emprego. E vendo ladrões de todos os calibres atrás das grades, trabalhando para pagar o quê e àqueles que roubaram e para financiar prisões com condições humanas e produtivas.

Mas sou apenas mais uma entre os quase cento e setenta milhões de tolinhos (extraindo-se da conta os espertinhos aos quais me referia anteriormente) a insistir a acreditar que nosso bonito país - habitado por gente tão simpática, alegre, criativa e talentosa – tem solução! Lamentavelmente nosso querido Brasil continuará ladeira abaixo, desgovernado, enquanto a corrupção e a bandidagem compensarem e enquanto nós, tolinhos, carneirinhos, permanecermos inertes.

Fica o desafio de tentar enxergar, olho no olho, a essência, a índole, o caráter dos 'sujeitos'. Ainda que o ditado afirme que quem vê cara não vê coração, acredito que lá no fundo sabemos quem é quem. Falta é a coragem de romper a cadeia predatória, de enxergar mais longe e de parar de alimentar os lobos.

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